SOMOS "FIADORES" DOS COMBUSTÍVEIS
Após dezenas de aumentos de combustível e depois de anos a fio a pagar-se os impostos sobre produtos petrolíferos (ISP e IVA) ao nível dos países mais ricos, no final de mais um debate quinzenal da Assembleia da República e com a galopante escalada do barril de petróleo, já se sabe que nada vai parar a brutal subida nos preços dos combustíveis!
Argumentando a preocupação do Governo com este aumento “prejudicial à economia, atingindo famílias e empresas”, o primeiro-ministro José Sócrates considerou que uma descida do ISP constituiria uma penalização sobre os contribuintes.
"Utilizar o dinheiro de todos os portugueses para financiar a gasolina já se fez no passado, mas com consequências horríveis para a economia portuguesa”, afirmou Sócrates, pondo de parte qualquer ideia de congelamento de preços, que na minha opinião até seria uma atitude lógica face aos sacrifícios que foram pedidos aos contribuintes… sempre em prol do défice público.
E… por acaso, aqueles que utilizam as estradas que crescem pelo País a um ritmo impressionante, pequenas, médias/grandes empresas e condutores particulares (automobilistas e outros) não foram aqueles que mais lucro deram a este Executivo e também aqueles contribuintes mais penalizados?
Foram! E já nos espera ser também os maiores prejudicados nesta subida dos combustíveis, porque com a recusa governamental de qualquer descida no imposto sobre os combustíveis (ISP) que financie o preço das gasolinas e dos gasóleos, fica-nos adjudicado o papel do fiador da política de preços da liberalização do mercado de combustíveis em 2004… e quando a coisa dá par o torto… pagamos nós!
E também devo dizer que soa a uma certa ingratidão a pergunta lançada aos jornalistas no final do debate quinzenal da Assembleia da República:
"Acham bem que quem não tem carro financie a gasolina?". Do seu autor, José Sócrates, já me habituei a ouvir falar nos desfavorecidos só próximo de eleições, mas com um peso da fiscalidade de 60 por cento nos combustíveis… quem não se sente defraudado senhor primeiro-ministro? Como diz o ditado popular, quem não sente, não é filho de boa gente.
Por outro lado a pergunta em jeito de resposta do primeiro-ministro contrasta com alguns dados, esclarecedores sobre a realidade do nosso parque automóvel. Os 169 Centros de Inspecção Periódica existentes em Portugal, realizam anualmente e de acordo com dados da Associação Nacional de Empresas de Inspecção Automóvel, cinco milhões de inspecções a veículos automóveis! Ora, somando a isto o número de veículos novos que nos primeiros anos não se sujeitam a inspecção, facilmente se percebe que o nosso parque automóvel circulante é volumoso e uma boa fonte de tributação. Pode e deve ser melhorado, mas não vejo que seja quem não ande de carro a financiar a gasolina, como indiciam os dados da ANEIA. É uma questão de contas!
Argumentando a preocupação do Governo com este aumento “prejudicial à economia, atingindo famílias e empresas”, o primeiro-ministro José Sócrates considerou que uma descida do ISP constituiria uma penalização sobre os contribuintes.
"Utilizar o dinheiro de todos os portugueses para financiar a gasolina já se fez no passado, mas com consequências horríveis para a economia portuguesa”, afirmou Sócrates, pondo de parte qualquer ideia de congelamento de preços, que na minha opinião até seria uma atitude lógica face aos sacrifícios que foram pedidos aos contribuintes… sempre em prol do défice público.
E… por acaso, aqueles que utilizam as estradas que crescem pelo País a um ritmo impressionante, pequenas, médias/grandes empresas e condutores particulares (automobilistas e outros) não foram aqueles que mais lucro deram a este Executivo e também aqueles contribuintes mais penalizados?
Foram! E já nos espera ser também os maiores prejudicados nesta subida dos combustíveis, porque com a recusa governamental de qualquer descida no imposto sobre os combustíveis (ISP) que financie o preço das gasolinas e dos gasóleos, fica-nos adjudicado o papel do fiador da política de preços da liberalização do mercado de combustíveis em 2004… e quando a coisa dá par o torto… pagamos nós!
E também devo dizer que soa a uma certa ingratidão a pergunta lançada aos jornalistas no final do debate quinzenal da Assembleia da República:
"Acham bem que quem não tem carro financie a gasolina?". Do seu autor, José Sócrates, já me habituei a ouvir falar nos desfavorecidos só próximo de eleições, mas com um peso da fiscalidade de 60 por cento nos combustíveis… quem não se sente defraudado senhor primeiro-ministro? Como diz o ditado popular, quem não sente, não é filho de boa gente.
Por outro lado a pergunta em jeito de resposta do primeiro-ministro contrasta com alguns dados, esclarecedores sobre a realidade do nosso parque automóvel. Os 169 Centros de Inspecção Periódica existentes em Portugal, realizam anualmente e de acordo com dados da Associação Nacional de Empresas de Inspecção Automóvel, cinco milhões de inspecções a veículos automóveis! Ora, somando a isto o número de veículos novos que nos primeiros anos não se sujeitam a inspecção, facilmente se percebe que o nosso parque automóvel circulante é volumoso e uma boa fonte de tributação. Pode e deve ser melhorado, mas não vejo que seja quem não ande de carro a financiar a gasolina, como indiciam os dados da ANEIA. É uma questão de contas!