NASCAR - SONOMA

*K. Khane festeja o seu primeiro triunfo
* T.Stewart, líder da Nascar, ocupa-se com as fãs

Surpresa KK em Sonoma

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  Dos cinquenta carros à partida, quarenta e três
  receberam a bandeira de xadrês e nas 113 voltas ao exigente circuito de Sonoma,
  a corrida californiana foi encontrando novos líderes e multiplas entradas do
  pace-car em pista impediram um caos eminente face à espectacularidade de alguns
  acidentes.

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  Neste cenário multicolor, seguro, competitivo e de contornos incomparáveis à
  adormecida Fórmula 1, Kasey Kahne (Dodge) conseguiu a sua primeira vitória do
  ano no campeonato Nascar, numa prova onde Tony Stewart levou a melhor sobre um
  inconformado Jimmie Johnson na guerra pela melhor posição entre os Chevrolet,
  enquanto Carl Edwards no Ford voltou a andar furos abaixo do seu habitual.

Kasey Kahne, que não é um reconhecido especialista das pistas estradais que complementam as famosas ovais do circuito Nascar, surpreendeu com um 5º lugar na qualificação, aproveitando o momento em que Marcos Ambrose foi à boxe reafinar o motor do seu Toyota, para nessa altura subir ao terceiro lugar na corrida, liderando pela primeira vez à 30ª volta quando os que estavam à sua frente paravam para o primeiro reabastecimento. Saindo à frente do líder do campeonato Tony Stewart no primeiro recomeço com bandeiras amarelas, Kahne teve depois de se defender das constantes investidas pelo interior das curvas movidas pelo piloto da Chevy… Contudo, a estratégia bem sucedida de Kahne escolher a linha exterior a cada recomeço de corrida – na sáida de pista do pace car – haveria de o manter sempre no grupo da frente, consolidando a vitória nas derradeiras 30 voltas da corrida, período preenchido com quatro recomeços de corrida (!!) e onde a perícia de Kahne ao manter o seu Dodge sempre sob controlo mesmo fora da linha ideal, haveria de ser crucial para chegar ao triunfo, com escassa vantagem sobre Stewart.
“Foi surpreendente, é verdade que conseguimos sempre bons tempos aqui nas qualificações dos dois últimos ano, mas andar constante no grupo da frente e manter atrás de nós o Tony Stewart, é algo de inacreditável. Ele é sempre bom em qualquer tipo de circuito, e se não saísse à sua frente no pit stop da volta 75 dificilmente estaria aqui a festejar.” Afirmou no final Kasey Kahne, com um grau de satisfaçãopor exemplo incomparável ao de Carl Edwards, 13º no final depois de um par de voltas em 6º e durante a segunda metade da prova, mantendo-se sempre em posições modestas.
Tony Stewart por seu turno, apesar de confessar ter sempre o seu carro muito rápido e liderar uma parte significativa da corrida, ficou surpreso com a competitividade do rival do Dodge. “Num circuito com um total de 11 curvas, ele (Kahne) não cometia quase um único erro e, assim, tornou-se difícil ganhar uma distancia de segurança. Nas últimas voltas estávamos muito rápidos, mas via nos espelhos que volta a volta ele se aproximava.” Outro herói do dia foi Marcos Ambrose, que depois de logo nas primeiras voltas recuar para a cauda do pelotão de cinquenta carros – para reafinar o motor do Toyota -, foi recuperando posições até um excelente 3º lugar no pódio. Ambrose, actual campeão da fórmula V8 Supercar, foi como Kahne outras das estrelas do dia.
Quanto a Jimmie Johnson, a sua habitual frieza foi desta vez quebrada, não pela falta de rapidez porque o talento e velocidade do Nº 48 é inquestionável, mas porque desta vez estava com pontaria para tocar os carros adversários, terminado em 4º depois de por fora de pista Kurt Bush. Sexto no final, Juan Pablo Montoya, nunca conseguiu levar a melhor nas ultrapassagens efectuadas a Jimmie Johnson, enquanto o vencedor do ano passado em Sonoma, Kyle Bush, foi um dos poucos desistentes depois do acidente com Sam Hornish Jr.

*Kurt Bush, num dos dois acidentes ao longo da sua corrida, antes de ser atirado por Jimmie Johnson para fora de pista

* Nas primeiras voltas, Kasey Kahne e Tony Stewart em perseguição dos dois Toyota

CLASSIFICAÇÃO:
1º Kasey Kahne (Dodge) 113 voltas
2º Tony Stewart (Chevrolet) 113
3º Marcos Ambrose (Toyota) 113
4º Jimmie Johnson (Chevrolet) 113
5º Denny Hamlin (Toyota) 113
6º Juan Pablo Montoya (Chevrolet)113
7º AJ Allmendinger (Dodge)113
8º Clint Bowyer (Chevrolet)113
9º Jeff Gordon (Chevrolet)113
10º Elliot Sadler (Dodge) 113

EDITORIAL

Neste fim-de-semana, tenho estado 100% online, assistindo quase em simultâneo a duas paixões, que nos meus anos de azáfama jornalística, foram temas que tratei por "tu" devido às minhas obrigações profissionais, zelando como sempre pela "isenção" e por "não tomar partido por nenhuma das partes", como assim fazem aqueles que levam a sério a sua conduta e o "dever deontológico" na sua "Carteira de Jornalista".
Hoje, já não é bem assim, e uns trabalham mais de acordo com a sua remuneração ou os spots publicitários... do que com a "camisola" que vestem. É um pouco o que sucede com os craques do futebol. E, nesse sentido, lembro-me de duas carreiras aparentemente tão próximas mas profundamente distintas uma da outra, como sucedeu com Luis Figo e agora com o Mister-Soocer Cristiano Ronaldo que auferiu 90 e tal milhões de euros na transferência para o Real Madrid - esquecendo-se de um momento para o outro dos milhares de fans em Manchester e partindo apressadamente para o aeroporto para cair nos braços da Paris Hilton. Mas... será que não foi ela que caiu de quatro em cima dele... assim que soube dos 90 e tal milhões de euros?
Cá pra mim...
Enquanto isso, Luis Figo que se despediu do futebol mas o futebol não o esqueceu, promovendo o desafio All Stars - Figo em homenagem à sua carreira exemplar, o jogador português sai em beleza do futebol, algo que não sei se vai suceder no mediatismo actual com Ronaldo. Este último, terá que se empenhar muito no Real Madrid dos Milhões, mas sinceramente, não acredito que volte a brilhar como em Manchester. E, só para terminar... Lembro que Figo brilhou como nunca no Barcelona, aguentou-se como um senhor no Real Madrid - ao lado de estrelas como David Beckam e o brasileiro campeão do mundo Ronaldo, saindo levado a braços pelos fãs do Inter de Milão e pelo Mister Mourinho. E quem foi o clube português que mais lucrou com Figo e Cristiano. O clube da sua formação: o Sporting!
E, só para terminar com esta minha curta passagem pelo futebol - gosto de todos os campeonatos nacionais menos do nosso, que com tantos Apitos Dourados e Apitos Vermelhos dá-me nô...jo..! E, também acho que Quique Flores, está neste momento em muito-mas-muito-mais melhor posição que L.F. Vieira e Rui Costa... nos braços da mana do falecido Miklos Feher... e muito mais preocupado em se divertir nas festas do Santo António de Lisboa do que com os desaires de gestão (ou deverei dizer congestão!?) do Sport Lisboa e Benfica!
Por aqui me fico e mais não digo. Vou continuar no sofá cá de casa, assistindo a par e passo ao que se passa em duas competições bem mais divertidas... as corridas do MotoGP em Barcelona e as míticas 24 Horas de Le Mans, onde o Peugeot de Pedro Lamy levou uma valente traseirada nas boxes de um Pescarolo.

Bom fim-de-semana!!!!!!!