Por onde anda o “nosso” dinheiro?
Falar em patrocínios é, quase sempre, um tema tabu, contudo, sem esse suplemento “alimentar” quase nenhum desporto poderia subsistir no mundo.
Distante, muito distante da Liga milionária da bola que saltita de baliza em baliza ou de SAD para SAD sem pesos nem regras, muito boa gente se indignou com o apoio de algumas empresas – detidas em grande parte pelo Estado português e para onde vai grande parte dos nossos descontos – atribuído sob a forma de patrocínio à participação de Tiago Monteiro no Mundial de F1 de 2007.
Não ponho em questão essa verba, qual ninharia se comparada com os milhões que rolam nos estádios de futebol onde as receitas não cobrem as despesas… qual dinheiro deixado a fundo perdido!
A questão é outra… e bem mais grave, para aqueles que como eu, vivem e respiram o mundo motorizado. Onde esteve a divulgação desse patrocínio,
quando não temos nenhuma corrida de F1 em Portugal – sinceramente… que saudades tenho do saudoso César Torres – ou quando para vermos o desempenho de Tiago Monteiro todos tivemos que pagar um canal codificado (Sport TV1) para assistir à F1 na TV. E assim, afinal, quem pagou a participação do piloto. O Estado Português? Não. Todos nós!
POÇO SEM FUNDO
Mas o mais grave é o que aí vem. Sem o “Dakar” e com muitos euros atirados ao ar numa prova sem qualquer expressão e que pomposamente os franceses da Amaury designaram por Dakar Séries mas que até o WRC do Mundial de Ralis mete num saco, mais uma vez o despesismo veio à tona, atirando o “nosso” dinheiro para um poço sem fundo no Rali da Europa Central.
Assim, o nosso mundo motorizado, converte-se aos poucos numa espécie de “roleta russa”. O Estado deve apoiar todas as nossas participações internacionais… mas com conta, peso e medida! Senão… a montanha vai parir um rato… e ficamos todos a perder.
EXPIROU O CONTRATO DE SOUSA COM A VW MOTORSPORT
A maior prova do que acabo de afirmar é o que se passa neste momento com a carreira de Carlos Sousa. De facto, os próximos dias vão ser decisivos para o futuro da sua carreira desportiva, na medida em que o seu contrato com a Volkswagen Motosport (através do semi-oficial Team Lagos) expirou,
precisamente, no final do Rali da Europa Central. Assim e sem querer pronunciar-se sobre os planos da equipa dirigida por João Lagos (cuja extinção parece provável) Carlos Sousa, deixou algumas pistas sobre o seu futuro em afirmações à página digital do jornal Autosport. E, as reivindicações que o piloto luso pretender fazer junto de Kris Nissen (director desportivo da VW Motorsport) dão no mínimo que pensar:
"As minhas ideias estão claras. Simplesmente, não quero estar na melhor equipa sem ter as mesmas oportunidades que os outros pilotos. Ou faço parte dos planos, participando em todos os testes e num programa completo de provas (n.d.r., como Carlos Sainz) ou então prefiro procurar uma equipa mais pequena. Já passei por esta situação no passado, então quando integrava a Mitsubishi, e garanto que não voltará a acontecer o mesmo agora". Falta agora uma reunião decisiva com a Volkswagen para debater a possibilidade de renovação do contrato de Sousa. Tudo isto é triste, desmotiva e deixa-me uma questão em mente:
- Por onde anda o “nosso” dinheiro?
Falar em patrocínios é, quase sempre, um tema tabu, contudo, sem esse suplemento “alimentar” quase nenhum desporto poderia subsistir no mundo.
Distante, muito distante da Liga milionária da bola que saltita de baliza em baliza ou de SAD para SAD sem pesos nem regras, muito boa gente se indignou com o apoio de algumas empresas – detidas em grande parte pelo Estado português e para onde vai grande parte dos nossos descontos – atribuído sob a forma de patrocínio à participação de Tiago Monteiro no Mundial de F1 de 2007.
Não ponho em questão essa verba, qual ninharia se comparada com os milhões que rolam nos estádios de futebol onde as receitas não cobrem as despesas… qual dinheiro deixado a fundo perdido!
A questão é outra… e bem mais grave, para aqueles que como eu, vivem e respiram o mundo motorizado. Onde esteve a divulgação desse patrocínio,
quando não temos nenhuma corrida de F1 em Portugal – sinceramente… que saudades tenho do saudoso César Torres – ou quando para vermos o desempenho de Tiago Monteiro todos tivemos que pagar um canal codificado (Sport TV1) para assistir à F1 na TV. E assim, afinal, quem pagou a participação do piloto. O Estado Português? Não. Todos nós!
POÇO SEM FUNDO
Mas o mais grave é o que aí vem. Sem o “Dakar” e com muitos euros atirados ao ar numa prova sem qualquer expressão e que pomposamente os franceses da Amaury designaram por Dakar Séries mas que até o WRC do Mundial de Ralis mete num saco, mais uma vez o despesismo veio à tona, atirando o “nosso” dinheiro para um poço sem fundo no Rali da Europa Central.
Assim, o nosso mundo motorizado, converte-se aos poucos numa espécie de “roleta russa”. O Estado deve apoiar todas as nossas participações internacionais… mas com conta, peso e medida! Senão… a montanha vai parir um rato… e ficamos todos a perder.
EXPIROU O CONTRATO DE SOUSA COM A VW MOTORSPORT
A maior prova do que acabo de afirmar é o que se passa neste momento com a carreira de Carlos Sousa. De facto, os próximos dias vão ser decisivos para o futuro da sua carreira desportiva, na medida em que o seu contrato com a Volkswagen Motosport (através do semi-oficial Team Lagos) expirou,
precisamente, no final do Rali da Europa Central. Assim e sem querer pronunciar-se sobre os planos da equipa dirigida por João Lagos (cuja extinção parece provável) Carlos Sousa, deixou algumas pistas sobre o seu futuro em afirmações à página digital do jornal Autosport. E, as reivindicações que o piloto luso pretender fazer junto de Kris Nissen (director desportivo da VW Motorsport) dão no mínimo que pensar:
"As minhas ideias estão claras. Simplesmente, não quero estar na melhor equipa sem ter as mesmas oportunidades que os outros pilotos. Ou faço parte dos planos, participando em todos os testes e num programa completo de provas (n.d.r., como Carlos Sainz) ou então prefiro procurar uma equipa mais pequena. Já passei por esta situação no passado, então quando integrava a Mitsubishi, e garanto que não voltará a acontecer o mesmo agora". Falta agora uma reunião decisiva com a Volkswagen para debater a possibilidade de renovação do contrato de Sousa. Tudo isto é triste, desmotiva e deixa-me uma questão em mente:
- Por onde anda o “nosso” dinheiro?
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