Kyle Busch, o "gladiador" surpresa
Foi uma noite de loucura, apoteótica, com as bancadas do "estádio" lotadas para cerca de quatro horas da mais pura emoção. Metros abaixo, na arena do Bristol Motor Speedway, inflamavam-se as ignições de 47 bólides, escutava-se o ruído de um trovão ensurdecedor e a oval mais curta e inclinada da Nascar recebia a ovação geral para um lote de gladiadores fantásticos.
Mark Martin, o veterano detentor do melhor tempo em treinos, Tony Stewart o líder nos pontos até à data ou Jimmie Johnson, Greg Biffle e Carl Edwards preparavam um duelo empolgante na arena de Bristol. A meta, agora e a partir desta altura, é um lugar no Top 5, só isso interessa... a partir desta prova começam-se a deitar resultados fora na pontuação que definirá o campeão da Sprint Cup... o título mais cobiçado na América está em jogo!
Ao cabo de 500 voltas, Kyle Busch, no Toyota preparado pela Joe Gibbs Racing foi um vencedor surpresa, mas apesar da hora tardia a que a prova terminou, a adrenalina continuou a espalhar-se… como foguetes que saltam para o céu em noite de verão. Porque o Nascar, mais que simples competição, faz parte do modus de vida americano!
"FAIT VOTRE JEUX!"
Ao cabo de 500 voltas, Kyle Busch, no Toyota preparado pela Joe Gibbs Racing foi um vencedor surpresa, mas apesar da hora tardia a que a prova terminou, a adrenalina continuou a espalhar-se… como foguetes que saltam para o céu em noite de verão. Porque o Nascar, mais que simples competição, faz parte do modus de vida americano!
Com algum exagero é certo, o Bristol Motor Speedway, é considerado entre os vinte e dois circuitos que compõem o Nascar como "A meia milha mais veloz do mundo". Com um perímetro curto de 987 metros em oval que chega a atingir os 33 graus de inclinação, tornou-se famoso por proporcionar alguns dos mais acesos duelos do Nascar. O calendário entra na recta final e os melhores pilotos começam a deitar os seus piores resultados fora, fazendo contas para o campeonato.
"SHAKE DOWN" FINAL
"SHAKE DOWN" FINAL
Tony Stewart, actual boss da Stewart – Haas Racing, ex-equipa do malogrado actor Paul Newman, tem-se afirmado como líder incontestado da competição mas, depois desta prova já nada parece como antes. Sem nunca ameaçar os primeiros lugares e terminando num modesto 33º lugar – um dos seus piores resultados da época -, o piloto do Chevrolet vermelho Old Spice, tem cada vez mais no seu encalce os dois pilotos da competitiva Hendrick Motorsports, respectivamente o nº 48 Lowe's de Jimmie Johnson e o nº 23 DuPont de Jeff Gordon. Johnson chegou a liderar e concluiu esta prova em oitavo, Gordon obteve o vigésimo terceiro lugar, mas apesar dos poucos pontos amealhados, este podem-se revelar importantíssimos para o shake down final do Nascar.
Em termos práticos isto significa que o campeão de 2009 se irá definir certamente muito antes do dia 11 de Novembro quando o campeonato terminar, ou ainda que em termos de construtores, a Chevrolet tem três carros colocados em excelente posição para o título, contra as posições de Denny Hamlin (Toyota 11 FedExpress), Carl Edwards (Ford 99 Aflac), Kurt Busch (Dodge Miller Lite) e Greg Biffle (Ford 16 3M), a precisarem urgentemente de vitórias para manterem intactas as suas aspirações ao título. Em posicionamento diferente estão Jimmie Johnson, duas vezes campeão do Nascar (2006 e 2007) e Jeff Gordon, quatro vezes campeão e com
81 vitórias (!) na competição americana mais importante para os fabricantes do outro lado do Atlântico.
Rookie - Com 22 anos de idade Joey Logano é a jovem esperança nas hostes da Toyota
Veterania - Mark Martin apesar da veterania dos 51 anos fez a pole e foi segundo em Bristol
Rookie - Com 22 anos de idade Joey Logano é a jovem esperança nas hostes da Toyota
Veterania - Mark Martin apesar da veterania dos 51 anos fez a pole e foi segundo em Bristol
VITÓRIA TÁCTICA
Com as 160 mil cadeiras do Bristol Speedway totalmente ocupadas, poucos apostavam numa vitória de Kyle Busch, mas também nos treinos totalmente dominados por Mark Martin – veterano de 51 anos com 28 anos de corridas nas mãos - desde que se estreou no campeonato Nascar no longínquo ano de 1981! Isto porque, entre os candidatos ao título, ninguém parecia interessado em conseguir a pole nos treinos, face à corrida desgastante e de permanente concentração que se adivinhava… Além disso, com excepção de Martin, nenhum outro Chevrolet parecia capaz de conter a competividade da armada Toyota nesta curta oval.
Uma das novidades em Bristol, foram os recomeços de prova após a saída do pace-car com os carros dispostos em dupla formação, em vez da fila única habitual e esta alteração certamente condicionou derradeira fase desta corrida, onde por quatro vezes nas últimas 60 voltas se ergueram as bandeiras amarelas, levando a que Kyle Busch fosse líder pela primeira vez à 433ª volta – de um total de 500 – altura sabiamente aproveitada por Kyle Busch para compensar a menor velocidade de ponta do Toyota da Joe Gibbs, oferecendo à marca nipónica a …… vitória no Nascar de 2009. Apesar do seu Chevrolet Impala SS ser claramente o carro mais veloz em pista, a posição a cada recomeço de corrida pelo interior de Mark Martin, acabou por prejudicar o piloto da Hendricks Motorsport. "Nunca estive na melhor posição de recomeço durante toda a segunda metade da prova, o que foi uma desvantagem para mim", afirmava Mark Martin no final, derrotado para Kyle Busch, que a cada saída do pace-car de pista escutava pelos intercomunicadores… outside, outside… E em boa verdade, foi a linha exterior, que lhe permitiu a cada recomeço adquirir maior velocidade que explica a sua vitória por dois metros de diferença para Martin!
Foi assim que Kyle Bush terminou a prova de Nationwide no sábado
Denny Hamlin é cada vez mais o piloto da Toyota que assume interesse na luta pelo título
Uma das novidades em Bristol, foram os recomeços de prova após a saída do pace-car com os carros dispostos em dupla formação, em vez da fila única habitual e esta alteração certamente condicionou derradeira fase desta corrida, onde por quatro vezes nas últimas 60 voltas se ergueram as bandeiras amarelas, levando a que Kyle Busch fosse líder pela primeira vez à 433ª volta – de um total de 500 – altura sabiamente aproveitada por Kyle Busch para compensar a menor velocidade de ponta do Toyota da Joe Gibbs, oferecendo à marca nipónica a …… vitória no Nascar de 2009. Apesar do seu Chevrolet Impala SS ser claramente o carro mais veloz em pista, a posição a cada recomeço de corrida pelo interior de Mark Martin, acabou por prejudicar o piloto da Hendricks Motorsport. "Nunca estive na melhor posição de recomeço durante toda a segunda metade da prova, o que foi uma desvantagem para mim", afirmava Mark Martin no final, derrotado para Kyle Busch, que a cada saída do pace-car de pista escutava pelos intercomunicadores… outside, outside… E em boa verdade, foi a linha exterior, que lhe permitiu a cada recomeço adquirir maior velocidade que explica a sua vitória por dois metros de diferença para Martin!
"A linha exterior foi a melhor durante toda a prova. No penúltimo recomeço, o Jimmie Johnson passou o Mark por fora e podia ter chegado à vitória", alegava Busch depois do seu triunfo, reforçando a sua tese de que é por fora que se ganha uma corrida na Nascar, com uma explicação sobre os carros da actualidade. Porque, de acordo com o piloto da Joe Gibbs, são as próprias especificações dos Nascar da Sprint Cup que o levam a essa conclusão:
"Estes carros, são agora preparados no momento, com especificações de chassis para cada prova, curvam muito pouco no centro da curva e desse modo quando nos dirigimos para a linha interior, torna-se muito mais complicada a viragem porque depois devemos acelerar muito forte à saída. Conduzindo pelo exterior nunca perdemos tanta velocidade, e podemos manter o acelerador se fizermos uma circunferência completa."
"Estes carros, são agora preparados no momento, com especificações de chassis para cada prova, curvam muito pouco no centro da curva e desse modo quando nos dirigimos para a linha interior, torna-se muito mais complicada a viragem porque depois devemos acelerar muito forte à saída. Conduzindo pelo exterior nunca perdemos tanta velocidade, e podemos manter o acelerador se fizermos uma circunferência completa."
Greg Biffle no Ford 3M, quarto classificado em Bristol, chegou também a ameaçar o primeiro lugar durante a segunda parte da corrida. Porém, foram Jimmie Johnson e Mark Martin que durante toda a prova alternaram como líderes deliciando o público, numa noite em que a vitória de Kyle Busch... foi tácita e inteligente. Resta agora encontrar o campeão da Nascar 2009 numa fase em que as pistas que se avizinham não serão fáceis. Com algumas das ovais mais típicas do Nascar por percorrer, como Atlanta, Dover, Richmond e Homestead na conclusão da época a 22 de Novembro, é previsível que face à escassa diferença pontual, o título de 2009 esteja prioritariamente ao alcance de Tony Stewart, Jimmie Johnson, Jeff Gordon ou Carl Edwards, especialistas neste tipo de traçados. No entanto, o desempenho dos dois Toyta preparados na Joe Gibbs dos pilotos Denny Hamlin e Juan Pablo Montoya, ou a confirmação das boas performances de Greg Biffle no Ford Fennway, pode condicionar este desfecho em que a Chevrolet se mantémfavorita nos quatro fabricantes que participam na Nascar.
Tony Stewart vai tentar manter-se líder
Ficha da Prova
22 de Agosto, 28ª prova de 40
Sharpie 500 - Bristol Motor Speedway
Perímetro: 987 metros (meia milha)
Distância: 500 voltas
Classificação Final
1º Kyle Busch (# 18 Toyota)
2º Mark Martin (# 5 Chevrolet)
3º Marcos Ambrose (# 47 Toyota)
4º Greg Biffle (# 16 Ford)
5º Denny Hamlin (# 11 Toyota)
Foi assim que Kyle Bush terminou a prova de Nationwide no sábado
Denny Hamlin é cada vez mais o piloto da Toyota que assume interesse na luta pelo título
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